terça-feira, 18 de maio de 2010

Pra te ser sincero,
não queria ter trazido você
para deitar na minha cama,
talvez nem transado deveríamos te-lo
Agora me sobra esse espaço ao lado
e dentro de mim.
Nao queria ter te apresentado
meus cantos no mundo.
Hoje eles não são mais recantos meus

Eu me mudei
e não queria ter te trazido comigo
Algo me dizia que o ritmo já era de despedida
E agora, por onde voce passou
Grudou nas paredes
gestos seus

Tenho olhos castanho escuros
que relembram todas as historias.
Que estão enxergando sempre
duas coisas ao mesmo tempo:
o que por eles passa
e o que não passa - que ficam reféns
de suas distrações

E sobre as histórias
Sei que vou deixa-las em um lugar
onde ninguém se lembre de conta-las

É esse o meu amor,
a única coisa que por fim dói
Por ter sido intenso, imenso e feliz.
É esse o meu tempo
que gasto com tantas páginas,
escritas e lidas
São os traços que eu guardo em mim.

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