quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Capítulo 46
No jornal do fim do dia, vinha escrito em letras garrafais que os minutos do tempo pedido se convertiam em quilômetros a cada volta do relógio. A foto me lembrava qualquer coisa colorida, ou que havera de ser. Eu virei a página e foi como se me revirassem o estômago. Os cadernos se passaram com suas chamadas no rodapé. Enfim chegou, chegou no outro dia. As linhas feitas de suas frases. Chegou o fim da nota, nada mais de quatro folhas, frente-verso.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
21 anos
E agora que eu tenho 21 anos
sinto alguma coisa pesar
e tantas coisas faltarem
Eu cabia ainda nos 17
Era quase tudo certo
eu era quase esperto,
Tinha os momentos de graça
De quem era quase menino e quase crescido
O tempo vem aumentando os nossos espaços
que deveriam ser preenchidos com as coisas
Que durante o tempo
A gente deveria ganhar
Meus espaços tem eco,
tem um chão de tábua corrida
Não tem janelas abertas
Estão à meia luz de uma velha
que eu chamo de Consciencia
ou Consuelo quando eu não a desejo chamar
Tenho 21 anos de idade
com só o desejo crescido
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
O meu Deus
Eu não sou moderno, eu não sou ateu,
Eu acredito em Deus
Eu piso em Deus todos os dias
eu respiro Deus, eu tusso
Deus está embrenhado nos verbos
Difundido nas várzeas
Colorido nos muros
Ele é uma grande consciência
Pra onde todos os nossos pensamentos evaporam
Ele é quântico, físico e abstrato
Deus tem humor
Deus não nasceu
Ele nunca envelhece
Seu espírito é a flor do tempo
E por ser jovem, vive brincalhão
Deus existe
E a descrença em Deus
já cria a Sua imagem
em nossa negação
Deus é tudo aquilo que não somos
é tudo que querem que sejamos
Ele sou eu, em um ponto de vista só meu
Ele está em tudo
E só deixará de existir
quando o ser humano irracionalizar
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
domingo, 8 de agosto de 2010
O amor que eu te tenho é um afeto tão novo
Que não deveria se chamar amor
De tão irreconhecível, tão desconhecido
Que não deveria se chamar amor
[...]
Poderia se chamar primeiro beijo
Porque não lembro mais do meu passado
Poderia se chamar último adeus
Que meu antigo futuro foi abandonado
Poderia se chamar universo
Porque sei que não o conhecerei por inteiro
Poderia se chamar palavra louca
Que na verdade quer dizer: aventureiro
Poderia se chamar silêncio
Porque minha dor é calada e meu desejo é mudo
E poderia simplesmente não se chamar
Para não significar nada e dar sentido a tudo.
Não deveria se chamar amor - Paulinho Moska
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Eu gosto de Maria Bethania, Ney Matogrosso, garotos, não curto chocolate, troco qualquer filminho em casa por uma roda de amigos e umas idéias trocadas, não como sem pimenta, sou sempre apaixonado e sempre exagerado, sou os meus amigos, os meus conselhos são os que com eles eu aprendi, Ângela Roro sempre toca aqui em casa, eu sinto saudades, muito frio, muito ciumes, eu sou muito filho da minha mãe. Sim, não é tão simples assim.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
é, o assunto
Paramos o tempo
e creio que só eu
sentia o tempo parado no ar
O outro lado atravessava
os minutos congelados,
rasgando com o olhar
as verdades cuspidas.
Eu sou assim agora,
não converso mais
agora eu cuspo
E verdade cuspida tem seu lugar
ela é quente, ácida
e não permite tanto tempo
para réplica.
Ficamos envolvidos
Não houve abraços, não houve!
um choro de três lágrimas contadas
um drama de três palavras cortadas
Acordamos,
e se via então, ela levantando
e saindo, o tempo seguindo
um capítulo chegado ao fim.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
Pra te ser sincero,
não queria ter trazido você
para deitar na minha cama,
talvez nem transado deveríamos te-lo
Agora me sobra esse espaço ao lado
e dentro de mim.
Nao queria ter te apresentado
meus cantos no mundo.
Hoje eles não são mais recantos meus
Eu me mudei
e não queria ter te trazido comigo
Algo me dizia que o ritmo já era de despedida
E agora, por onde voce passou
Grudou nas paredes
gestos seus
Tenho olhos castanho escuros
que relembram todas as historias.
Que estão enxergando sempre
duas coisas ao mesmo tempo:
o que por eles passa
e o que não passa - que ficam reféns
de suas distrações
E sobre as histórias
Sei que vou deixa-las em um lugar
onde ninguém se lembre de conta-las
É esse o meu amor,
a única coisa que por fim dói
Por ter sido intenso, imenso e feliz.
É esse o meu tempo
que gasto com tantas páginas,
escritas e lidas
São os traços que eu guardo em mim.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Quando voce me aparece
vestido de vermelho e marfim
Eu digo que não tou afim
Não tou dado pra confraterzações sociais
Você diz que não é assim
Que a vida passa Assim
Insiste a me vestir diferente
E me leva pra vida da noite
E te vejo desfilar o marfim
E me escoro no bar da boite
Desperdiçando seu charme com os outros
Dançando com outras pessoas
Sou eu, o garçon e o gim
São as coisas comuns de uma noite
As noites comuns de boite
As duplas doses de gim
Então, a noite enfim lhe cansa
Sou eu quem te leva pra casa
Te abre a porta do carro e da casa
Não dorme te vendo dormir
sábado, 8 de maio de 2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010
BOM DIA
ACORDOU hoje BEM
MAS MEXEU DEMAIS NOS CABELOSQUE SE ATRASOU PRA TODOS
OS COMPROMISSOS MATINAIS
PERDEU O ONIBUS, UMA PAUTA
UM PONTO NA AULA,
MAS SEQUER TERIA SAIDO DE CASA
SE NÃO SE SENTISSE PENTEADA.
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